O que é storytelling e como fazer? 5 dicas para destravar
Se você deseja saber o que é storytelling, trata-se da arte de contar histórias de forma cativante, para transmitir uma mensagem ou criar uma conexão emocional com o público e estimular a imaginação do leitor ou do ouvinte. Essa técnica é amplamente utilizada em marketing, copywriting, literatura e entretenimento.
Ela envolve a exposição de narrativas que capturam a atenção do público. Os objetivos podem ser gerar empatia, entreter ou humanizar a marca. Essas histórias podem ser contadas por meio de diferentes mídias, como livros, blogs, áudio, vídeo, palestras ou apresentações.
Quando vemos um filme, existe uma técnica de storytelling aplicada à criação do roteiro. Quando contamos nossas experiências, seja para algum conhecido ou para uma audiência, também dispomos deste recurso.
O uso do storytelling pode ajudar a construir marcas, engajar clientes, inspirar pessoas e difundir valores e ideias. Portanto, é uma poderosa ferramenta de comunicação que permite apresentar relatos a partir de um ponto de vista.
Sumário do post
Minha relação com a escrita
Vou contar uma história sobre a minha relação com a comunicação e a escrita (se você deseja ler apenas as dicas de escrita, vá para os próximos tópicos). Quando eu era adolescente, achava que estudaria medicina. Durante um ano e meio, tentei o vestibular três vezes em universidades federais. Depois de não ter passado, decidi mudar a trajetória ao já ter ciência de que minha matéria preferida era redação (e de que eu não queria mais estudar física).
Na verdade, desde criança eu tive alguma relação com as artes, comecei a estudar piano aos seis anos, e estudar física era algo incompatível com as minhas vocações. Embora eu tirasse boas notas na escola nessa matéria, aprofundar-me em cinemática, termodinâmica, eletricidade e magnetismo para o vestibular da UnB (para medicina era preciso ter notas altas em todas as matérias) era algo tortuoso para mim.
Quando fiz um teste vocacional no cursinho antes de consolidar minha decisão de mudança de trajetória, a orientadora do teste (não sei se era psicóloga, provavelmente sim) me disse: “Mas Comunicação? Você é tão tímida!”. Eu olhei para ela, abaixei a cabeça sorrindo e não respondi (porque eu era tímida).
No vestibular para Comunicação, passei na primeira tentativa. Mas, anos depois, quando já havia me formado em Jornalismo, aquela pergunta da mulher do teste vocacional ficou martelando na minha cabeça: será que eu deveria ter feito Comunicação mesmo?
Hoje não tenho dúvidas de que era essa mesmo a faculdade que eu deveria ter feito (não gosto de cenas de sangue nem em filmes, quem dirá na vida real), e muito disso tem relação com a percepção que desenvolvi (e continuo desenvolvendo) de (querer) me encontrar na escrita, apesar dos percalços que ela apresenta.
Quando passei em Comunicação Social, a escolha do curso (Audiovisual, Publicidade ou Jornalismo) era feita na hora da matrícula. Eu estava em dúvida entre Audiovisual e Jornalismo, e escolhi Audiovisual.
Eu gostava de ver filmes (embora esse não seja o motivo mais adequado para fazer um curso na área, essa foi a principal razão que me motivou na escolha) e pensava também em produzir documentários (havia essa disciplina na grade). Porém, assim como grande parte das pessoas aos 19 anos e antes dessa idade, eu não tinha uma ideia clara do que eu queria para vida. Pode ser que muitas pessoas já tenham uma ideia bem formulada e exata do que querem ser nessa idade, mas não era o meu caso.
Em todo caso, eu gostava das disciplinas de Audiovisual, que fiz durante três semestres, víamos filmes (antigos) nas aulas. Nem acredito que assisti ao Encouraçado Potemkin e diversos outros que representaram o início da história do cinema.
Nessa época me tornei cinéfila (não sou mais), e se antes da faculdade eu via apenas filmes de Hollywood, este curso foi um divisor de águas na minha vida no que se refere às minhas preferências por filmes.
Tanto que até hoje alguns dos meus cineastas preferidos são Eric Rohmer e Chaplin, e eu não teria essas preferências se não tivesse sido “moldada” pelas disciplinas de audiovisual que fazia na faculdade, nem teria lido um livro denominado “De Caligari a Hitler: história psicológica do cinema alemão”, sobre o estilo vanguardista do cinema alemão dos anos do início do século XX, passando pelas décadas seguintes, entre outros livros, nem teria ido a inúmeras sessões de filmes cult no CCBB e alugado grande parte dos filmes antigos da Oscarito, uma locadora que existia na L2 Norte em Brasília.
Porém, eu não me interessava pela parte técnica do audiovisual, como edição de vídeos, nem com a parte técnica e estética de fotografia e outras questões. Eu gostava apenas de ver filmes e da parte teórica (sem pretensões de ser acadêmica), como as vertentes do cinema ou o estudo da estética do cinema sem me interessar pela parte prática.
No que se refere à escrita, também não tinha interesse em escrever roteiros no contexto de produção cinematográfica. Por isso, decidi trocar de curso e fazer jornalismo, que de alguma forma também tinha relação com documentários. Nessa época eu já era fã de Eduardo Coutinho (Edifício Master é uma obra-prima) e me fascinava sua habilidade de contar as histórias dos outros, que inclusive tem semelhanças com o que a Ana Holanda defende no livro Como se encontrar na escrita. Hoje não trabalho com jornalismo e estou inserida no universo do marketing (o mundo dá voltas).
Mesmo com uma relação de longa data com a escrita, desde a redação no ensino médio, depois no curso de jornalismo e agora atuando no marketing, e mesmo já tendo escrito dois livros de ficção como ghostwriter, entender o que é storytelling e como aplicá-lo apresenta muitos desafios e é algo que demanda prática, mais do que inspiração, e não considero uma tarefa fácil, embora não seja uma jornada impossível. Mais adiante vou falar sobre o que diz Ana Holanda a respeito no livro mencionado.
Storytelling profissional e os diferentes tipos de escrita
O que é storytelling profissional? Escrever para empresas no contexto do marketing de conteúdo geralmente envolve a produção de materiais que visam informar e educar o público-alvo enquanto promovem a marca e seus produtos ou serviços.
Nesse cenário, o conteúdo muitas vezes pode ser mais técnico, uma vez que em grande parte o intuito é explicar conceitos ou apresentar soluções para potenciais consumidores interessados em determinado produto. A linguagem utilizada pode ser formal ou informal e, além disso, é orientada para o mercado, com ênfase em resultados e benefícios tangíveis.
Por outro lado, a escrita para uma marca pessoal é geralmente mais autêntica, refletindo a voz e a personalidade do indivíduo. Nesse contexto, o conteúdo pode abordar experiências pessoais, opiniões e reflexões que ressoam com o público de forma mais emocional.
A conexão que se estabelece é mais íntima, pois os leitores se sentem atraídos pela pela vulnerabilidade do autor. Essa abordagem permite que a marca pessoal se destaque em um contexto saturado de produção de conteúdo ao criar um relacionamento mais próximo com a audiência. Essas considerações sobre uma escrita mais pessoal e intimista estão presentes no livro de Ana Holanda, que defende a “escrita afetuosa”.
No campo do jornalismo, a autora lembra que a habilidade de tornar um conteúdo técnico mais humano é um dos pontos que tornam um conteúdo memorável. O uso do storytelling permite que dados e estatísticas sejam apresentados de maneira humanizada e envolvente ao contar histórias de pessoas reais que estão por trás dos números.
Ao destacar as experiências e desafios enfrentados por indivíduos, é possível criar uma narrativa que conecta emocionalmente os leitores ao assunto abordado. Mas isso não se aplica apenas ao jornalismo, embora a autora do livro trabalhe nessa área.
Assim, a diferença entre escrever para empresas, para marcas pessoais e a aplicação do storytelling no jornalismo e no marketing reside na forma como o conteúdo é apresentado e no tipo de conexão que se busca estabelecer com o público.
Como criar um storytelling
Neste tópico sobre o que é storytelling, vou fazer algumas reflexões a partir de alguns pontos mencionados no primeiro capítulo do livro Como se encontrar na escrita, de Ana Holanda, que podem ser úteis para quem busca mergulhar em si mesmo e, assim, se conectar com os outros por meio de uma escrita afetuosa, termo utilizado pela autora para o tipo de escrita que ela aborda no livro.
1. Palavras carregam vida
Quando um escritor se senta diante da página em branco, ele não está apenas colocando letras em uma linha. Ele está evocando memórias, emoções e experiências que habitam seu ser. Quando alguém lê um poema, mesmo que não haja uma relação direta com suas próprias experiências, é como se uma ponte invisível se formasse entre o autor e o leitor.
A tarefa não é apenas relatar, mas também evocar, fazer com que o leitor sinta cada emoção pulsando por trás de cada frase. As palavras não são apenas veículos de comunicação, elas servem também instrumentos de criatividade que tecem um universo no qual nossas ideias e sentimentos podem ganhar forma e movimento.
Ao entender o que é storytelling, vale lembrar que as palavras têm a capacidade de transportar o leitor para diferentes realidades, provocar reflexões e transformar percepções. Uma palavra bem escolhida pode trazer memórias adormecidas, provocar risos ou lágrimas e inspirar mudanças.
Uma mesma palavra pode ter significados diferentes dependendo da entonação, do momento histórico ou das vivências pessoais de quem a lê. Ao explorar a escrita criativa, somos convidados a considerar não apenas o que dizemos, mas como dizemos, e como isso pode se refletir na vida dos outros.
2. O texto é sempre uma conversa
A ideia de que o texto é sempre uma conversa está relacionada à natureza interativa da comunicação escrita. Quando lemos um livro, um artigo ou um post, não estamos apenas absorvendo informações. Estamos de alguma forma nos envolvendo em um diálogo silencioso com o autor.
Por exemplo, ao ler um romance, o leitor pode sentir empatia pelos personagens, questionar suas decisões ou se lembrar de experiências pessoais que dialogam com a narrativa. Essa troca íntima entre leitor e texto transforma a leitura em uma conversa rica e multifacetada.
Um texto pode evocar respostas que vão muito além do que foi escrito. Vamos pensar em um poema que trata da saudade. Cada leitor pode interpretar a saudade de maneira diferente, dependendo de suas experiências de vida. Para alguém que vive longe da família, o poema pode causar nostalgia. Alguém que cresceu em uma cidade pequena pode sentir saudades das ruas tranquilas, do parque onde brincava na infância ou da casa dos avós.
Assim, no entendimento do que é storytelling, o texto se torna um espaço no qual múltiplas vozes se encontram, e cada interpretação é uma nova contribuição para essa conversa.
Alguém pode sentir saudades de uma viagem inesquecível, das aventuras vividas em um festival de música ou de um evento especial, como uma formatura ou casamento. Uma pessoa pode sentir saudades de uma rotina que tinha antes ou de um hobby que não pratica mais.
Além disso, a natureza da conversa textual é dinâmica. Um texto pode ser revisitado ao longo do tempo, ganhando novos significados conforme os anos avançam e o leitor muda de opiniões e perspectivas.
Uma criança que lê “O Pequeno Príncipe” pode se encantar com a simplicidade das lições do personagem, enquanto um adulto que o relê pode se deparar com reflexões mais profundas sobre a solidão e a busca por sentido na vida.
Essa capacidade de conversa e de ressignificação é uma das belezas da escrita: ela nos permite dialogar com o mesmo texto em diferentes momentos, muitas vezes com novas camadas de significado em diferentes momentos da vida. E quando a escrita não é uma conversa?
A escrita pode ser mais formal e estruturada, como em artigos acadêmicos, relatórios ou artigos. Em vez de um diálogo, a escrita pode se concentrar na transmissão de informações. No entanto, o que Ana de Holanda defende é que a escrita seja uma conversa e que conte as histórias das pessoas por trás dos dados, independentemente do formato do conteúdo.
Reconhecer que o texto é sempre uma conversa pode nos encorajar a buscar formas de diálogos inexplorados que vão enriquecer o texto. Essa troca pode não apenas favorecer a compreensão sobre nós mesmos, mas também nos conectar de maneira mais profunda com os outros e com o mundo ao nosso redor. A ideia é a de que a comunicação escrita não seja um ato isolado, mas sim um diálogo dinâmico entre autor e leitor.
Desde o momento em que um autor escolhe suas palavras, ele está, de certa forma, antecipando as reações e interpretações do público. Isso faz parte do entendimento do que é storytelling, e essa interação é importante para a construção do significado, uma vez que o leitor traz suas próprias experiências, conhecimentos e emoções para a leitura, influenciando a percepção que se tem do texto e de como ele será lembrado.
Mesmo que a comunicação escrita ocorra de maneira assíncrona — isto é, o autor pode não estar presente quando o leitor interage com o texto —, a intenção de diálogo permanece. O autor, ao elaborar seu texto, considera possíveis perguntas, objeções ou concordâncias que o leitor possa ter.
Ao nos engajarmos com um texto, não estamos apenas absorvendo informações, mas também contribuindo para um diálogo maior que envolve a troca de ideias e a construção de significados. Essa perspectiva nos ajuda a apreciar a riqueza da comunicação escrita e a reconhecer a importância de ouvir e responder às vozes que nos cercam, sejam elas de autores, de outras culturas ou de diferentes épocas.
3. Existe um lugar interno de cada um de onde a escrita surge
Ana de Holanda defende a ideia de que existe um lugar interno de onde a escrita surge, e essa é uma reflexão sobre a essência da escrita criativa e do que é storytelling. Um exemplo dessa conexão interna pode ser encontrado na obra do poeta Rainer Maria Rilke. Em seu livro Cartas a um Jovem Poeta, Rilke fala sobre a importância de mergulhar nas profundezas de si mesmo para encontrar a verdadeira fonte de inspiração.
Ele encoraja o seu jovem interlocutor e poeta a não temer a solidão e a introspecção, pois é nesse espaço de silêncio que as palavras mais autênticas podem emergir. Rilke, em suas cartas, apresenta reflexões sobre o fazer artístico e a solidão necessária para criar. Ele defende que a poesia deve emergir de uma necessidade interior, de uma profundidade autêntica, e rejeita a busca pela aprovação externa ou reconhecimento.
Esse lugar interno é, muitas vezes, moldado por vivências únicas que cada escritor carrega. Por exemplo, um autor que passou por momentos de dor pode encontrar nesse espaço uma fonte de inspiração para explorar temas como perda e superação. Através da escrita, ele pode transformar suas cicatrizes em palavras que tocam os outros, criando um vínculo emocional com leitores que sentem empatia, que passaram por experiências semelhantes ou que se identificam com o que foi dito.
Enquanto uma escritora pode expressar por meio da escrita os desafios da maternidade, outra pode explorar o desamparo da solidão. Ambas, no entanto, estão acessando suas próprias experiências e emoções que, embora distintas, tocam em questões humanas comuns, vivenciadas por milhares de outras pessoas.
Além disso, esse espaço interno não é fixo, ele evolui ao longo do tempo. À medida que o escritor cresce pessoalmente e se transforma, suas experiências e percepções também mudam, o que se reflete em sua escrita. Essa mudança constante é reflexo da riqueza da experiência humana e da capacidade da escrita de capturar diferentes nuances.
Por fim, ao entender o que é storytelling, reconhecer que existe um lugar interno de onde a escrita surge nos leva a valorizar a vulnerabilidade na expressão criativa. Essa troca emocional e sensível é o que torna a escrita uma ferramenta única.
4. O texto precisa estar carregado de alma
O conceito de que o texto precisa estar carregado de alma, defendido por Ana Holanda, remete à ideia de que a escrita deve ir além das palavras e estruturas gramaticais. Um texto que possui alma é aquele que conta histórias e ressoa com a essência do autor, refletindo suas emoções, experiências e visões de mundo.
Essa profundidade é o que permite que os leitores se conectem de maneira mais íntima com o conteúdo, sentindo-se tocados e compreendidos. A alma do texto é o que dá vida às palavras, transformando-as em uma experiência que transcende a mera leitura.
Para que um texto tenha alma, é importante que o autor se permita ser vulnerável e autêntico em sua escrita. Isso implica abrir-se para suas próprias emoções e experiências, permitindo que essas vivências se manifestem nas palavras.
Para exemplificar, ao escrever sobre como a ansiedade interfere negativamente em sua vida, um autor que compartilha suas próprias cicatrizes pode criar um texto que não apenas narra uma história, mas que também oferece consolo e identificação ao leitor. Essa conexão emocional é o que torna o texto verdadeiramente memorável.
Além disso, na compreensão do que é storytelling, um texto carregado de alma muitas vezes reflete um profundo entendimento do ser humano e da condição humana. Autores que conseguem capturar a sutileza das emoções, os dilemas e as nuances das relações interpessoais criam conteúdos que se comunicam com uma experiência universal.
Carlos Drummond de Andrade, por exemplo, aborda a solidão e a busca por significado com uma sensibilidade crua. Sua poesia, repleta de ironia e melancolia, provoca reflexões sobre a condição humana. Quem não se lembra do poema: “no meio do caminho tinha uma pedra…” ou “e agora José?”. Como ele consegue capturar a essência da vida cotidiana e transformá-la em algo universal? É a sua habilidade de ver o extraordinário no ordinário que nos conecta a ele.
Herman Hesse, com sua busca filosófica e espiritual, nos leva a questionar nossa própria existência. Em obras como “Sidarta”, ele nos instiga a pensar: o que realmente buscamos na vida? Ele nos faz sentir que, apesar das diferenças de contextos em relação aos do livro, estamos todos em busca de algo maior ou um propósito.
Haruki Murakami, com seu estilo surreal e enigmático, como em “Kafka à Beira-Mar”, explora temas de relações humanas de forma tão original que nos perguntamos: até que ponto a realidade pode ser moldada pelos nossos medos e o livre arbítrio?
Esses autores, cada um à sua maneira, colocam alma em seus textos, criando uma conexão peculiar com os leitores. Eles nos fazem questionar, sentir e, acima de tudo, refletir.
A presença da alma em um texto se manifesta na originalidade da voz do autor, mas não é preciso ser um escritor renomado nem ter ganhado um Nobel para que as palavras possam ter um impacto positivo em quem lê.
“Quando você acorda de manhã cedo e desliga o despertador, dezenas de histórias acabaram de acontecer. Os objetos que existem na sua mesa de cabeceira, os livros, os retratos ou a ausência deles, tudo ali conta algo sobre você e sobre suas escolhas”, afirma Ana de Holanda no livro.
Ao praticar storytelling, cada escritor traz para seu texto uma perspectiva única, moldada por suas vivências e crenças. Essa singularidade é o que enriquece a escrita na opinião da autora.
5. Escrever não é mágico. É algo que a gente constrói dia a dia
Essa afirmação nos leva a refletir sobre o processo criativo e a disciplina envolvida na escrita. Muitas vezes, a ideia de que a escrita é um ato mágico pode gerar expectativas irreais sobre o que significa ser um escritor.
A verdade é que, para quem deseja entender o que é storytelling, a escrita é um trabalho contínuo, que exige dedicação, prática e paciência. Assim como qualquer habilidade, a capacidade de escrever bem se desenvolve ao longo do tempo, através de esforço e aprendizado constantes.
Logo, esse processo de construção diária envolve a prática regular da escrita. Estabelecer uma rotina, mesmo que simples, pode ser fundamental para cultivar a habilidade de escrever. Seja dedicando alguns minutos por dia a anotações, diários ou esboços de histórias, a consistência é a chave.
Cada palavra escrita e cada frase construída contribui para o aprimoramento do autor. A prática contínua permite que os escritores experimentem diferentes estilos, vozes e formas de expressão, ajudando-os a encontrar sua própria identidade na escrita.
Além disso, a ideia de que um texto deva sair perfeito na primeira tentativa é uma ilusão que pode desmotivar muitos escritores. Muito do trabalho acontece na edição, em que o autor revisita suas palavras, ajusta estruturas e refina ideias. Esse processo de refinamento é essencial para transformar um rascunho inicial em um conteúdo coeso e marcante. Portanto, entender que a escrita é um trabalho de construção, e não um ato mágico, pode aliviar a pressão e incentivar a persistência nessa jornada.
Outro aspecto importante dessa construção diária é a busca por inspiração, referências e aprendizado. Ler e diversificar as fontes de informação são práticas que enriquecem o repertório do escritor. Ao se expor a diferentes estilos e gêneros, o autor pode absorver novas ideias e técnicas que podem ser incorporadas em sua própria escrita.
Em vez de buscar a perfeição instantânea, podemos celebrar cada pequeno avanço, cada nova ideia que surge e cada texto que se desenvolve. Assim, devemos ser aprendizes constantes.
Dedicar tempo para escrever regularmente, mesmo que por breves momentos, é vital para desenvolver a habilidade e a confiança. Cada sessão de escrita é uma oportunidade de explorar novas ideias, experimentar estilos e, principalmente, aprender com os próprios erros.
Espero que tenha gostado deste artigo sobre o que é storytelling. Aproveite também para ler o conteúdo:
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